sexta-feira, 26 de abril de 2013

PAÍSES PERSEGUIDORES _ Coreia do Norte [1º]



Você já se imaginou viver dia após dia, ano após ano, em um dos países mais fechados do mundo? Para nós, brasileiros, a assimilação dessa realidade é praticamente inalcançável. Por quê? Bom, devido às suas políticas de isolamento, a Coreia do Norte é um mundo à parte de tudo aquilo que conhecemos, o que gera uma grande dificuldade quando nos propomos a falar de um regime tão restrito e, principalmente, da perseguição à Igreja existente ali.

Há onze anos em primeiro lugar na lista de Classificação de países por perseguição, da Portas Abertas, servir a Deus na Coreia do Norte custa um alto preço. Durante os 46 anos em que esteve no poder, Kim II Sung construiu à sua personalidade que, ao longo dos anos, passou a ser a única “religião” do país. Para muitos norte-coreanos, não há Deus e tudo quanto existe provém de Kim II Sung.

Existem quatro igrejas oficiais no país – duas protestantes, uma católica e outra ortodoxa – todas localizadas na capital Pyongyang. Essas são basicamente “igrejas de fachada”, servido à propaganda sobre a liberdade religiosa no país. Uma das formas alternativas de cultos encontradas pelos cristãos norte-coreanos são chamadas “igrejas subterrâneas ou clandestinas”. É difícil crer nisto, mas ainda hoje existem milhares de cristãos que se reúnem em cavernas e montanhas, tentando fugir do rígido controle do Estado e do constante perigo de serem delatados às autoridades por vizinhos e parentes.

Uma análise rápida do cotidiano de civis e cristãos na Coreia do Norte já mostra a diferença gritante entre adorar ao Senhor lá e aqui.

Ser cristão no Coreia do Norte significa: 

  • Em nome da adoração ao Deus único e verdadeiro, ter de conviver com a pressão psicológica e física imposta àqueles que não se prostram, nem prestam culto a Kim II Sung;
  • Colocar-se vulnerável diante das imposições do governo já que, para muitos, as fotos de Kim II Sung são as coisas mais preciosas de uma casa e, para os cristãos, o Senhor Jesus é o que há de maior valor;
  • Se for encontrado com uma bíblia, estar sujeito à condenação de crime político (na maioria dos casos, o veredito é dado como culposo; punido por prisão perpétua e servidão em um acampamento político-militar do governo);
  • Jamais utilizar um celular em locais públicos;
  • Ter à disposição apenas dois canais de televisão, estes geralmente cheios de propaganda do governo;
  • Ser proibido de professar sua fé abertamente e ir à igreja aos domingos;
  • Estar sujeito a acusações injustas de traição e condenação a 20 anos de prisão, sem um julgamento justo;
  • Ser impedido de pregar o Evangelho, ler a Palavra e cantar músicas e louvores a Deus.
Fonte: Portas Abertas

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