sábado, 7 de abril de 2012

LIÇÃO 02 - Auxílio para o Professor



LIÇÃO 02 – AS SETE IGREJAS DA ÁSIA

TEXTO ÁUREO: “O mistério das sete estrelas, que vista na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete  castiçais, que viste, são as sete igrejas”. Ap. 1: 20
VERDADE APLICADA: Qualquer organização cristã que não corresponder ao perfil das sete igrejas, pelo menos em algumas das suas características, não pode ser considerada igreja.
OBJETIVOS DA LIÇÃO:
Ressaltar a importância das cartas para que os crentes individualmente sejam santos;
Conduzir a igreja à apropriação tantos das reprimendas, quando das promessas de Jesus;
Ensinas que nossos dias são os dias imediatamente anteriores “as coisas que em breve devem acontecer”.

INTRODUÇÃO:
Ao estudar sobre as sete igrejas da Ásia, tenha em mente o que foi dito a elas e a respeito delas poderá ser dito de todas e para todas as congregações cristãs de qualquer lugar e tempo.
Em vista disso, Jesus as constituiu como um tipo de igreja que surgira sobre a terra. E aos fieis que congregarem em seu interior, o Senhor já elegeu qual tipo da Igreja que reúne os elementos indispensáveis ao arrebatamento.

COMENTÁRIOS:

TEXTO ÁUREO 
Ap. 1: 20
Esta é a interpretação dos versículos 15 e 16 (castiçais e estrelas). Como  princípio fundamental do livro, Cristo revela-se à sua Igreja por intermédio das sete cartas dirigidas às sete igrejas locais, então existentes na Ásia Menor. Cada uma se refere a um período por que a Igreja passou e passara do Apocalipse à vinda do Senhor.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
Ap. 1: 4
“João, ás sete Igrejas que estão na Ásia...”
A mensagem foi dirigida às sete igrejas locais então existentes e, de acordo com a situação que cada uma enfrentava, o Senhor lhes deu a necessária advertência. Mas aqui, estas sete igrejas representam, simbolicamente, a Igreja de Deus durante a presente dispensarão, isto é, desde o Pentecoste até a segunda vinda de Jesus. São em número de sete, porque o tempo está dividido em sete períodos ou dispensações, onde cada fase corresponde á situação espiritual da Igreja em determinado período.
O número SETE é símbolo de perfeição ou plenitude, e é um número sagrado.
“SETE é um dos algarismos empregados no processo de calcular, sem ligação alguma com assuntos religiosos. Era, contudo, um número considerado sagrado pelos hebreus e por outros povos de raça semítica, entre os quais se cantam os arianos da Pérsia e até mesmo os gregos. Encontra-se esse número da descrição do templo da Sabedoria (Pv. 9: 1), nas sete tranças da cabeleira de Sansão, consagrado a Deus (Jz. 16: 13 – 19), nas vítimas que eram sacrificadas na violação do pacto (2Sm. 21: 6 – 9), e nas cordeiras que serviam para atestar o tratado entre Abraão e Abimeleque (Gn 21: 23-30). A ideia de que o número sete deriva o seu caráter sagrado da soma três, mas o número quatro, é pura fantasia. Considera-se número sagrado, porque Deus o empregou na contagem dos luminares postos no firmamento: O Sol, a Lua e os cinco planetas; as fases da lua renovam-se de sete em sete dias. Todos estes fenômenos servem para confirmar a sagração do número sete. Deus abençoou o dia sétimo e o santificou” (Dicionário John D. Davis)

“... Graça e paz seja convosco...”
Palavras de ânimo para todos os filhos de Deus. O vocábulo “graça” lembra-nos o amor divino e as bênçãos imerecidas do passado e do presente; bênçãos que nunca nos faltarão no futuro (leia Tito 2: 11). O termo “paz” sempre nos fala daquele que é a nossa paz e que sobre a cruz fez a paz em nosso favor. Por Ele temos agora paz com Deus, porque Ele nos justificou (Is 32: 17 / Jo. 14: 27; 16: 33 / Rm 5: 1 / Ef  2: 14 / Cl 1: 10); é a paz de Deus que domina os nossos corações e nos proporciona alegria perene (Fp 4: 7 / Cl 3: 15).
A invocação da paz foi sempre uma saudação entre os homens, através dos tempos (Gn 43: 23 / Dn 4: 1 / Sm 25: 26), e Jesus nos dá este exemplo ao saldar os seus discípulos com a paz (Lc 24: 36). Assim desejamos permanecer, conforme os ensinos do Senhor, a fim de mantermos entre nós a grande saudação – A PAZ DO SENHOR (Mt 10: 12, 13 / Lc 10: 5, 6), que é a mesma saudação apostólica (2Co 13: 13 / Ef 6: 23 / 1Pe 5: 14)

“... da parte daquele que é, que era, e que há de vir e dos sete espíritos que estão diante do trono”;
Quem é Deus? – “Deus e espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”;:
1. Deus é espírito (Jo 4: 24);
2. Deus é eterno (Ex 3: 14 / Dt 33: 27 / Sl 90: 2 / 1Tm 1: 17)
3. Deus é imutável em seu ser (Sl 102: 27 / Ml 3: 6 / Tg 1: 17)
4. Deus é sabedoria (Sl 104: 24 / Rm 11: 33/ Ef 1: 8)
5. Deus é poder (1Cr 29: 12 /  Sl 62: 11)
6. Deus é santidade (Sl 99: 9 / Is 6: 3)
7. Deus é justiça (Sl 145: 17 / Dn 9: 14 / 1Jo 1: 9)
8. Deus é bondade (Sl 23: 6 ; 31: 19 e 52: 1 /  Mt 19: 17)
9. Deus é verdade (Sl 100: 5; 146: 6 / 2Tm 2: 13)
10. Deus revela-se a si mesmo, faz-se conhecer e proclama o seu nome (Ex 3: 15; 6: 2; 34: 5 – 7).

Nas notas dos estudos apresentados pelos pastores Alcebíades Pereira Vasconcelos e Geziel Nunes Gomes, na Escola Bíblica em São Cristóvão (RJ), no período de 5 a 19.07.1971, temos os principais nomes pelos quais Deus é conhecido nas Escrituras Sagradas:
1. EL. Este nome designa Deus como o Forte, o Primeiro, o Poderoso, a Origem de tudo.
A primeira menção deste nome ocorre em Gênesis 14: 18. Aparece 220 vezes em toda a Bíblia Sagrada.aa
2. ELOHIM. Traduz Deus, cujo vocábulo está no plural. Refere-se ao Senhor como Criador e Administrador do Universo. Literalmente, ELOHIM significa “o que põe o poder para fora” (Gn 1: 1; 2: 3). Este nome aparece 2.701 vezes na Bíblia Sagrada, principalmente nos livros de Deuteronômio e Salmos.
3. ELOAH. É singular de ELOHIM; fala e define Deus como o único Deus (Sl 18: 31);
4. ELAH. Corresponde ao nome ELOAH da língua hebraica. ELAH é um nome de origem caldaica e aparece cerca de 75 vezez, nos livros de Esdras e Daniel. Interpreta Deus como vivo e verdadeiro.
5. JEOVAH. É traduzido por Deus ou Senhor. Encontra-se registrado cerca de 6.437 vezes nas Escrituras Sagradas e expressa a autoridade de um Deus auto-existente. Tem sua origem no verbo SER em hebraico: IWVH. Inclui os três tempos: passado, presente e futuro: “Ele que era, que é e que há de vir” (Ex 3: 14; 6: 3 – 4). Este é o nome nacional de Deus entre os judeus. Existem várias composições do nome de Deus nas quais aparece JEOVAH:
JEOVAH-HOSSEU, o Senhor que nos criou (Sl 96: 6);
JEOVAH-JIRÊ, o Senhor que provê (Gn 22: 14);
JEOVAH-SHALOM, o Senhor que é paz (Jr 6: 24);
JEOVAH-RAFA, o Senhor que nos cura (Ex 15: 26);
JEOVAH-ELOHEKA, o Senhor teu Deus (Dt 16: 1);
JEOVAH-NISSI, o Senhor nossa bandeira (Ex 17: 15);
JEOVAH-RAHA, o Senhor meu pastor (Sl 23: 1)
JEOVAH-SAMÁ, o Senhor está aqui (Ez 48: 35);
JEOVAH-EL, o Senhor que é Deus da verdade (Sl 31, 5);
JEOVAH-TSIDEKENU, o Senhor nossa justiça (Jr 23: 6).
6. ADONAY. Esse termo vem do vocábulo ADON, que significa senhor, em hebraico. O sentido de ADON é “Meu Senhor”. Define Deus como mestre, senhor e dono de seu povo. A palavra ADONAY sugere o seguinte conceito:
Autoridade (Ez 16: 3);
Poder (Is 61: 1);
Deidade (Sl 35: 23);
Reverência (Dn 9: 3);
Responsabilidade (Is 6: 8 – 11)
Posse ou Parentesco (Sl 16: 2).

A revelação da Trindade
Não cremos em três deuses e sim em um só Deus, conforme Efésios 4: 4 – 6. Deus constituiu-se a si mesmo essencialmente UNO (Dt 6: 4; Is 44: 6; 1Co 8: 4; Tg 2: 19), porém manifestamente TRINO. Deus a uma Trindade: O Pai, O Filho e O Espírito Santo. A ação da Trindade revela-se na Bíblia clara e insofismavelmente. Vejamos os textos e comparemos as expressões:
Gênesis 1: 26: “Façamos”, “nossa”.
Gênesis 3: 22: “É como um de nós”.
Gênesis 11: 5, 7: “Desfaçamos e confundamos”.
Em Isaías 7: 14 lemos:
1. O Espírito Santo fala pelo profeta;
2. Fala em nome do Senhor;
3. Dá o sinal – o nascimento do filho.
Em Isaías 63: 9, 10 lemos:
1. Deus angustiado;
2. O anjo de sua face, o Filho;
3. Contristaram o Espírito Santo.
Em Mateus 3: 16, 17, lemos:
1. O Filho sendo batizado;
2. O Espírito Santo vem sobre Ele em forma corpórea de pomba;
3. O Pai, dos céus, aprovando o Filho.
Em Mateus 28: 19, o batismo deveria ser feito:
1. Em nome do Pai;
2. Em nome do Filho;
3. Em nome do Espírito Santo.
Em Lucas 24: 49, lemos:
1. O Filho promete enviar;
2. A promessa do Pai;
3. O Espírito Santo.
Em João 15: 26, lemos:
1. O Filho promete enviar;
2. O Espírito Santo;
3. Da parte do Pai.
Em 2Coríntios 13: 13, lemos:
1. A graça de Jesus Cristo;
2. O amor de deus;
3. E a comunhão do Espírito Santo.
Podemos dizer:
a) Que o Pai é Deus (Mt 11: 25)
b) Que o Filho é Deus (Sl 45: 6)
c) Que o Espírito Santo é Deus (At 5: 3, 4)
O Pai, o Filho e o Espírito Santo são, pessoalmente, distintos um do outro, e entendem-se perfeitamente entre si, Amam-se, honram-se mutuamente (Is 11: 2 / Jo 16: 26; 16: 13, 14; 17: 8, 18, 23 / 1Co 2: 10, 11). Contudo, há um só Deus e dizemos não só que cada Um é Deus, mais que Um é o mesmo Deus.
Os sete Espíritos. Isso significa a perfeição da Onipotência, Onipresença e Onisciência de Deus.

Ap. 1: 5
“E da parte de Jesus Cristo...”
Disse o anjo a José: “E chamarás o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1: 21). Disse o anjo a Maria: “Eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome Jesus” (Lc 1: 31).
Jesus significa Salvador (At 4: 12; 5: 30, 31) Cristo, Messias, Ungido (Mt 16: 16, 20 / Mc 8: 29 / Jo 1: 41).

“... que é fiel testemunha...”
Cristo é a fiel testemunha em contraste com todos os outros que falharam: Abraão (Gn 12: 10; 20: 1 – 18); Moisés (Nm 20: 7 – 12); Dvi (2Sm 11: 1 – 27); porém Jesus jamais errou (Jo 8: 46; leia João 8: 14, 29; Apocalipse 19: 11). Alguns ilustres pregadores firmam a sua mensagem em João 19: 23, 24, quando declaram a integridade de Jesus: “A sua túnica não tinha costura” – sua vida também não tinha emendas.
Vejamos o que os apóstolos afirmam: Pedro – “O qual não conheceu pecado, nem na sua boca se achou engano” (1 Pe 2: 22); João – “Nele não há pecado” (1 Jo 3: 5) ; Paulo – “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5: 21); “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós...” (Gl 3: 13). Ele é a fiel testemunha.

“...o primogênito dos mortos...”
O primeiro que penetrou na ressurreição da vida (1Co 15: 20 – 23 / Cl 1: 18). O Ressurgimento do filho da viúva de Naim (Lc 7: 11 – 17); da filha de Jairo (Lc 8: 40 – 42, 49 – 56); de Lázaro (Jo 11: 1 – 45); e outros apontados nos evangelhos, foram apenas uma demonstração da parte de Deus, como sinal, para trazer muitos à fé (Lc 16: 31 / Jo 12: 9, 11, 17, 18); houve neles uma ressurreição parcial, porque ao foram poupados de morrerem outra vez (Jo 12: 10),  porque somente Cristo é a ressurreição e a vida (Jo 11: 15, 26).

“... o príncipe dos reis da terra”.
Coube a Jesus a promessa feita por Deus a Davi: “Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti a tua semente, que sair das tuas entranhas e estabelecerei o teu reino. Porem a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre” (2Cm 7: 12, 16).

“...Aquele que nos ama...”
“Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém e sua vida pelos seus amigos” (Jo 15; 13). O Pai nos demonstrou o seu grande amor, ao conhecer seu bendito filho para morrer por nós (Jo 3: 16). Jesus provou a consagração do mesmo amor, pois voluntariamente deu a sua vida por nós (Jo 10: 11, 17, 18; leia Isaías 53: 7, 8, 12; Hebreus 2: 9); e disso vemos a prova no jardim do Getsêmani, quando Cristo foi preso (Jo 18: 5 – 8).
Se o Senhor não quisesse sofrer a morte, ninguém conseguiria prede-lo. Aqui na Terra o Senhor amou os seus até o último momento de sua vida, não obstante ter entre os seus discípulos um Judas Iscariotes (Jo 6: 70; 13: 1; 17: 12). Agora, no Céu, Jesus continua a amar e a dar provas desse amor (Is 46: 15, 16 / Jo 13: 34).

“... e em seu sangue nos lavou dos pecados”.
Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9: 22). O Sangue representa a vida (Dt 1: 23; Lv 17: 14); e pelo pecado é exigida a vida: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6: 23). Esta era a condição em que se encontrava a humanidade, porque todos pecaram (Rm 3: 23). Assim, o derramamento de sangue é sinal típico da expiação do pecado. Por isso, Deus, para beneficiar os homens, instituiu o sacrifício de animais pelo pecado do homem (Lv 16 e 17), cujo sangue era derramando sobre o altar para expiação pela vida (Lv 17: 11), o qual servia apenas para cobrir o pecado (Sl 32: 1; Rm 4: 6, 7).
“Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem  por sangue de bodes e bezerros,  mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza duma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb 9: 11 – 14).
Cristo é o nosso “Cordeiro Pascoal”, o substituto legal dos homens, figurativamente imolado “desde a fundação do  mundo”. Leia Êxodo 12: 3 / Isaias 53: 7 / Atos 8: 32. Ele é representado pelo cordeiro substituto de Isaque (Gn 22: 13), e é o nosso “Cordeiro de Deus que tira (não cobre) o pecado do mundo” (Jo 1: 29). Ele foi imolado por nós e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados (Is 53: 4 – 9 / Ef 1: 7 – 1 / 1Pe 1: 18, 19).

Ap. 1: 6
“E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a Ele a glória o poder para todo o sempre. Amém.”
O propósito de deus para com Israel era ter o seu povo separado e santificado tão somente para si (Lv 20: 26ª, comp. Dta 10: 15 / Ex 19: 5, 6), mas Israel não obedeceu à palavra do Senhor (Sl 81: 8 – 16), e por isso perdeu a benção (Dt 4 e 28; 2Sm 7: 23) que lhe estava destinada (Ex 19: 6). Deus a deu a outra nação (Is 55: 5), que resgatará dentre todos os povos, línguas, tribos e nações (Rm 9: 22 – 26 / 1Pe 2: 10), constituindo-a sacerdócio real e nação santa, para o seu louvor (1Pe 2: 5, 9 / Hb 7: 5, 23 e 24).

Ap. 1: 10
“Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor...”
Certamente aconteceu com João, à semelhança do que se sucedeu com Pedro (At 10: 10), ou com Paulo (2Co 12: 2). No momento da oração foi tomado pelo Senhor.
Nós entendemos “dia do Senhor”, o domingo, o primeiro dia da semana, por ser o escolhido pelos primitivos cristãos para se consagrarem ao Senhor (At 10: 7 / 1Co 16: 2); dia da ressurreição de Cristo (Mt 28: 1 / Mc 16: 2 / Lc 24: 1 / Jo 20: 1); dia preferido por Jesus para as suas manifestações aos discípulos (Jo 20: 19, 26).
Não se trata aqui, absolutamente, do sábado, o sétimo dia da semana, mesmo que Deus haja denominado “meu santo dia” (Is 58: 18), porque ele foi dado como sinal ao povo de Israel (Ex 31: 12 – 17; Ez 20: 12, 20), na dispensação da Lei, e nunca houve a expressão “dia do Senhor”, para referir-se ao sábado, entre o povo judeu. Agora, João estava bem lembrado, quando ele mesmo testemunhou o sepulcro de que Cristo ressuscitara dentre os mortos (Jo 20: 1 – 8); por isso deu ênfase ao domingo, para determinar assim o primeiro dia da semana. Cremos que nesse dia, conforme o costume dos primitivos cristãos de realizar cultos de louvor ao Senhor, João lembrava-se de seus irmãos da igreja em Éfeso, da qual era pastor; e cheio de emoção e verdadeiro cuidado e sentimento de amor pelos seus queridos, curvou os joelhos, com o rosto em terra, para pedir ao Senhor em favor de tão amada congregação. Fui justamente quando orava com ardor e súplica que alguém lhe falou.

“... e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta...”
Note como no livro fala de grandes vozes (4: 1; 5: 2; 21: 3). Aqui lembra a convocação para comemorar o ano do jubileu (Lv 25: 8, 9) e a partida das hostes israelitas para levantar acampamento (Nm 10: 2 – 7); enfim, como em todos os acontecimentos, era usada a trombeta (Nm 10: 8 – 10). Também lembra a vinda do Senhor para o arrebatamento da Igreja (1Ts 4: 16; leia Mateus 24: 31).

Ap. 1: 11
“... Que dizia: O que vês, escreve-o num livro ...”
Muitos afirmam que Deus nada escreveu para o nosso ensino e a Bíblia é simplesmente um livro dos homens. Mas, à luz das Escrituras, verifica-se o contrário: o Senhor entregou a Moisés as duas tábuas da Lei, feitas e escritas pelo próprio Deus (Ex 31: 18; 32: 15, 16 / Dt 9: 10); além disso, o Senhor usou os seus agentes para escreverem (Ex 34: 24 / Jr 30: 2; leia João 5: 46). Jesus não rabiscou à toa na terra (Jo 8: 6), mas, naquele momento, ante a acusação à mulher adúltera, quis demonstrar a série de pecados dos acusadores, ao registrá-los na areia. Ele não somente riscava, somo dizem alguns, mas escrevia mesmo! E aqui o Senhor ordena que anote (Ap 2: 1, 12, 18; 13: 1, 7, 14; 21: 15).

“... e envia-os ás sete igrejas que estão na Ásia: Éfeso, e a Esmirna, e a Pergamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.”
João estava velho e muito cansado; sofrera as mais duras perseguições; com certeza sentia a aproximação da morte. A vida parecia-lhe finda e julgava que nada mais poderia fazer.
Agora, exilado naquele ilha para morrer, não mais tinha esperança; porém, o Senhor não pensava como ele (Is 55: 8, 9); e quando estava naquele aflição, e orava em favor de seus queridos, Jesus deu-lhe nova missão e entregou-lhe outra responsabilidade: “O que vês escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia”.
Ele teria muito que fazer agora e para isso precisava viver ainda muito tempo. As cartas ás sete igrejas foram dirigidas a congregações locais, conforme já descrevemos. Nelas temos um quadro profético sobre a Igreja na Terra até a vinda do Senhor. Corresponde este período ÁS COISAS QUE SÃO.

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, João Ferreida de, Trad. II. Título Bíblia – português, CPAD, Rio de Janeiro, 2003.
COHEN, Armando Chaves, Estudos sobre o Apocalipse – Um comentário versículo por versículo, CPAD, Rio de Janeiro, 8ª Ed, 2001.
PRATIS, Orivaldo Aparecido, Revista: Apocalipse – Editora Betel, 2º Trimestre de 2012, Lição 02.

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