Você já se imaginou viver dia após dia,
ano após ano, em um dos países mais fechados do mundo? Para nós, brasileiros, a
assimilação dessa realidade é praticamente inalcançável. Por quê? Bom, devido
às suas políticas de isolamento, a Coreia do Norte é um mundo à parte de tudo
aquilo que conhecemos, o que gera uma grande dificuldade quando nos propomos a
falar de um regime tão restrito e, principalmente, da perseguição à Igreja
existente ali.
Há onze anos em primeiro lugar na lista
de Classificação de países por perseguição, da Portas Abertas, servir a Deus na
Coreia do Norte custa um alto preço. Durante os 46 anos em que esteve no poder,
Kim II Sung construiu à sua personalidade que, ao longo dos anos, passou a ser
a única “religião” do país. Para muitos norte-coreanos, não há Deus e tudo
quanto existe provém de Kim II Sung.
Existem quatro igrejas oficiais no país –
duas protestantes, uma católica e outra ortodoxa – todas localizadas na capital
Pyongyang. Essas são basicamente “igrejas de fachada”, servido à propaganda
sobre a liberdade religiosa no país. Uma das formas alternativas de cultos
encontradas pelos cristãos norte-coreanos são chamadas “igrejas subterrâneas ou
clandestinas”. É difícil crer nisto, mas ainda hoje existem milhares de
cristãos que se reúnem em cavernas e montanhas, tentando fugir do rígido
controle do Estado e do constante perigo de serem delatados às autoridades por
vizinhos e parentes.
Uma análise rápida do cotidiano de civis
e cristãos na Coreia do Norte já mostra a diferença gritante entre adorar ao
Senhor lá e aqui.
Ser cristão no Coreia do Norte
significa:
- Em nome da adoração ao Deus único e verdadeiro, ter de conviver com a pressão psicológica e física imposta àqueles que não se prostram, nem prestam culto a Kim II Sung;
- Colocar-se vulnerável diante das imposições do governo já que, para muitos, as fotos de Kim II Sung são as coisas mais preciosas de uma casa e, para os cristãos, o Senhor Jesus é o que há de maior valor;
- Se for encontrado com uma bíblia, estar sujeito à condenação de crime político (na maioria dos casos, o veredito é dado como culposo; punido por prisão perpétua e servidão em um acampamento político-militar do governo);
- Jamais utilizar um celular em locais públicos;
- Ter à disposição apenas dois canais de televisão, estes geralmente cheios de propaganda do governo;
- Ser proibido de professar sua fé abertamente e ir à igreja aos domingos;
- Estar sujeito a acusações injustas de traição e condenação a 20 anos de prisão, sem um julgamento justo;
- Ser impedido de pregar o Evangelho, ler a Palavra e cantar músicas e louvores a Deus.
Fonte: Portas Abertas
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