“Bem-aventurados os que têm fome
e sede de justiça, pois serão satisfeitos.”
Mateus 5: 6
O continente africano é um grande
conglomerado de religiões, das quais o cristianismo e o islamismo são as
maiores. Vamos entender um pouco o que acontece em alguns países africanos e as
motivações que geram a perseguição:
O Sudão
é o maior país da África, e devido às suas dimensões geográficas durante a
colonização, os britânicos resolveram dividi-lo em duas áreas para facilitar o
domínio militar. No norte, incentivaram o islamismo e a língua árabe, e ao sul
o cristianismo e a língua inglesa. Após anos de guerra civil para que o país
fosse dividido dois territórios, em janeiro de 2011 ocorreu um referendo, e
ficou decidida a divisão do país em Sudão do Sul e Sudão (norte), fato que
ocorreu em julho de 2011.
no primeiro semestre de 2012, o governo
do Sudão (norte), exigiu que todos os seus habitantes obtivessem uma nova
cidadania, inclusive os cristãos que, em sua maioria, são cidadãos sulistas.
Essa foi a forma encontrada pelo presidente Omar al-Bashir de pressionar os
cristãos a deixarem o norte do país para que ele pudesse aplicar no Sudão a
legislação islâmica, como diz uma cristã local: “A mensagem que querem passar é
esta: Se submetam à sharia ou deixem o país. Em todo o Sudão, as igrejas estão
perdendo membros que estão fugindo para o sul – incluindo aqueles nascidos e
criados no norte. Isso pode eventualmente tornar-se um pretexto para o governo
fechá-las”.
Na Nigéria,
os conflitos étnico-religiosos são antigos, mas se acirraram ainda mais de 1999
pra cá, quando a lei Islâmica (sharia) foi implantada em 12 estados do norte do
país de maioria muçulmana. Integrantes do Boko Haram, um grupo radical
islâmico, um dos principais perseguidores da Igreja, disseram: “Nós vamos criar
um ambiente horrível para vocês (cristãos). Nos esforçaremos para acabar com o
cristianismo para que exista um bom estado islâmico no qual os cristãos não
consigam permanecer.”
Os cristãos da região denominada Chifre
da África (Eritreia, Etiópia e Somária)
têm sobrevivido e perseverado na fé mesmo em meio às guerras, à fome e às
perseguições religiosas. A Somália sofre com grupos radicais como o Al Shabaab,
que tem como objetivo principal instalar um governo baseado na sharia.
Os cristãos são maioria na Etiópia, mas têm que lidar com o
radicalismo islâmico. “No terceiro dia na prisão, amarram minhas mãos e pernas
e me bateram”, compartilhou Tamirat. “Eles queriam que eu ‘confessasse’ que
insulte o Islã e que eu escrevesse páginas do Alcorão. O interrogador me
explicou que se eu confirmasse as acusações, eles me libertariam”, conta
Tamirat, cristão da Etiópia.
Na Eritreia
as denominações não reconhecidas pelo governo são pressionadas pelas
autoridades. Normalmente participantes de atividades religiosas ilegais são
presos arbitrariamente sob acusações políticas e sem direito a um julgamento
justo.
A Somália
é o único dos três países onde é necessário que os cristãos exerçam sua fé
secretamente. “Até agora estamos conscientes de que 18 cristãos somalis
morreram de fome nos últimos três meses, nas cidades de Afgoye, Baibawa e
Kismayo. Há relatos de cristãos morrendo de fome, porque o Al Shabaab não lhes
dá alimentos e por isso eles precisam se descolar para conseguir ajuda”, disse
um líder cristão somali durante a crise de fome que assolou o país em 2011.
Mais do que uma necessidade de
mantimentos e cuidados básicos para a sobrevivência, a fome e sede espiritual
dos povos da África é muito maior do que a física. O que os africanos realmente
precisam só a Palavra de Deus pode lhes proporcionar. Sua fome e sua sede serão
saciadas quando os filhos de Deus, justos e pacificadores, se manifestarem e o
evangelho for pregado a todos os africanos. Que a igreja de Cristo possa
resplandecer o amor de Deus em meio a tanto ódio e destruição; que ela possa
sal e luz mesmo em meio a tanta perseguição.
Que através dela, Cristo seja louvado!
Fonte: Portas Abertas
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