LIÇÃO
04 – O DIA DO SENHOR
TEXTO
ÁUREO: “Vigiai, pois,
em todo tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas
coisas que hão de acontecer e de estar em pé Diante do Filho do Homem”. Lc 21:
36
VERDADE
APLICADA: Só quem
estiver pronto para o arrebatamento será digno de evitar “todas essas coisas
que hão de acontecer”.
OBJETIVOS DA LIÇÃO:
Mostrar que o Apocalipse
foi dado à Igreja para levar os crentes à fidelidade incondicional a Cristo;
Ensinar que, embora Satanás
seja o príncipe deste mundo, o controle está nas mãos de Deus;
Ressaltar que a obra da
Igreja não termina com o arrebatamento: muitos poderão ser salvos, sacrificando
suas vidas por amor a Deus.
INTRODUÇÃO:
O Apocalipse segue uma
sequência lógica de acontecimentos. Nele não há parêntesis nem retrocessos. As
revelações nele escritas apontam sempre para eventos bem ordenados e futuros.
Portanto, os eventos que anunciam a chegada do “Dia do Senhor” ocorrerão depois
do arrebatamento, pois João, sendo tipo da igreja arrebatada, assiste do céu à
abertura dos selos e as conseqüências sobre a Terra e seus moradores.
COMENTÁRIOS:
Texto
Áureo
Jl 2: 30 – “E mostrarei
prodígios no céu e na Terra, sangue, e foto e colunas de fumaça.”
Jl 2: 31 – “O sol se
converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível
dia do Senhor.”
Ap 6: 15, 16 e 17
v. 15 – “E os reis da terra,
e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo
livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas.”
v. 16 – “E diziam aos montes
e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está
assentado sobre o trono e da ira do Cordeiro,”
v. 17 – “Porque é vindo o
grande Dia da sua ira; e quem poderá subsistir?”
Nessa
oportunidade a Besta estará furiosa, lutando contra os santos, subjugando os
seus súditos e desafiando o próprio Céu: “E abriu a sua boca em blasfêmia
contra Deus, para blasfemas do seu nome,
e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu” (leia Daniel 7: 8 / Apocalipse
13: 6).
“Quem
é semelhante à Besta? Quem poderá batalhar contra ela?” (Ap 13: 4). Deus
responde na sua ira (Dn 7: 27, 28 / Ap 12: 10, 11; 13: 10). Rompe-se o sexto
selo, que se inicia com “um grande tremor de terra” – é apenas o começo do
grande “Dia da Ira”, que se estenderá por toda a “Grande Tribulação”.
Os
quatro primeiros selos incluem todo o período do governo da Besta, ou seja, o
cavaleiro do cavalo branco, que é o Império Romano ressuscitado, com os demais
cavaleiros, que são a sequência dos acontecimentos desse reino (Dn 7: 25, leia
Apocalipse 13: 4-18). O quinto selo é o efeito desse governo bestial, cuja
finalidade é destruir os santos e lutar contra Deus (Dn 7: 25 / Ap 13: 7). O
sexto selo, o que estamos estudando, é o início da manifestação da ira de Deus
em resposta aos seus santos (Dn 7: 27,
28 / Ap 12: 10, 11; 13: 10). E, finalmente, o sétimo selo, que se ultima com as
trombetas e as taças, é a conclusão de grande Dia da Ira do Todo-poderoso.
Aceitamos
a aplicação dos símbolos nessa visão, mas cremos aqui numa verdadeira ação da
natureza que se manifestará concomitantemente com os símbolos. Aqui são as
primeiras manifestações dos céus contra o reinado da Besta e seus seguidores do
mesmo modo como foi com Faraó e os egípcios. Deus ouvirá a oração dos mártires
da Grande Tribulação, assim como ouviu as orações de seu povo Israel, e desceu
para livrá-lo (Êx 3: 7-9).
Como
houve a manifestação da natureza nas pragas do Egito, haverá também na abertura
do sexto selo, isto de acordo com Pedro, que diz: “Mas os céus e a terra que
agora existem, pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o
fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios” (2Pe 3: 7).
A
manifestação sísmica, que terá início com a abertura deste selo, irá até a
consumação da ira de Deus (cap. 16). Fatos:
1. Tremor
de terra;
2. O
Sol perderá a sua luz;
3. A
Lua também escurecerá e tornar-se-a semelhante a sangue;
4. As
estrelas cairão do céu
5. O
céu vai retirar-se como um livro que se enrola, porque haverá novo céu (2Pe 3:
13).
6. E os
montes e as ilhas serão removidos de seus lugares e haverá nova terá, onde o
mar não existe (cap. 21: 1).
A
terra mudará sua configuração, de acordo com Isaías 65: 17; leia Apocalipse 21:
27. Diante de tudo isso, o horror invadirá os homens. Será uma hora de
verdadeiro terror, quando grandes e pequenos, ricos e pobres, servos e livres,
tribunos e poderosos, clamarão no seu desespero aos montes e rochedos para que
caiam sobre eles e os escondam da face do que está assentado sobre o Trono do
Cordeiro (leia Isaías 2: 10, 19, 21; 51: 16; 66: 22 / Oséias 10: 8; Lucas 23:
28-32).
Seis
são as manifestações aqui descritas:
1. Houve
um grande tremor de terra. A Bíblia cita vários
tremores ou terremotos, mas aqui se verifica um grande e intenso tremor de
terra, não igual ao do cap. 16: 18, mas um tremor que atinge o céu, a
terra e o mar, uma mudança completa das coisas móveis, e uma manifestação
sublime dos prodígios do Todo-poderoso, trazendo completa obscuridade e
abalando toda a força da natureza; isso inclui o colapso da autoridade humana
pelo derrubamento dos governos terrestres (Jl 2: 20, 30; 3: 15, 16 / Is 13:
9-11 / Ag 2: 6, 7 / Hb 12: 26-29).
2. O
sol tornou-se negro como um saco de cilício. Na
penúltima praga do Egito, houve trevas espessas por três dias (Ex 10: 22). Diz
Orlando Boyer, em seu livro Visão de Patmos: “Houve na América do Norte, em 19
de maio de 1780, um dia que ficou escuro desde as nove horas da manhã até ao
anoitecer. Não era efeito de eclipse nem de nuvens, pois as estrelas
permaneceram visíveis; mas faltava o brilho suficiente para iluminar a Terra”.
Admitimos aqui, que o Sol é atingido literalmente, mas admitimos também que o
Sol se refere à autoridade máxima do governo, que sofrerá um desmoronamento no próprio
Império Romano ressuscitado. Temos em Isaias 50: 3 a idéia ampla dessa
obscuridade.
3. A
lua tornou-se como sangue. Joel diz: “Antes que venha
o grande e terrível Dia do Senhor, o sol se converterá em trevas e a lua em
sangue” (Jl 2: 32). Isto fazendo menção à volta do Senhor em glória, junto com
os seus santos, e ao estabelecimento do reino milenar. Cremos ser nesta ocasião
o cumprimento desta profecia quando, com essa manifestação literal na Lua,
serão desmoronadas as autoridades do governo anticristão.
4. As
estrelas do céu cairão sobre a Terra, como quando a figueira
lança de si os seus figos verdes abalada por um vento forte. O profeta Naum dá
esta idéia sobre a figueira (Na 3: 12), que aqui é a continuação da mesma
manifestação sísmica literal, iniciada com a abertura do sexto selo. Diz ainda
O. Boyer, em seu livro Visão de Patmos: “Na noite de 13 de novembro de 1883,
houve uma assombrosa manifestação meteórica, na qual, durante o período de três
horas, bolas de fogo tão numerosas e tão brilhantes como as estrelas,
atravessaram o céu.”
Isto
também verifica-se em nossos dias, como podemos ver pelos testemunhos dos
jornais: “Bola de fogo cai no mar na Baía de São Francisco. Moss Beach,
California, 11. Uma grande bola de foto, aparentemente de um meteoro, surgiu
ontem no céu na região da Baía de São Francisco; explodiu violentamente e se
precipitou no Oceano Pacífico a vários quilômetros da costa. Milhares de
habitantes locais viram o objeto e todas as dependências policiais da zona receberam
chamados de pssoas que desejavam saber do que se tratava. Roger Goad,
funcionário do Candado de San Mateo, disse que a explosão sacudiu literalmente
a costa. Acrescentou que, segundo a maioria das pessoas que viu o objeto, esse
explodiu antes de cair na água e emitiu um clarão azul e depois outro
alaranjado”. (Da Folha do Norte, 11-XI-1963).
A
ciência moderna não pode desacreditar da criação do mundo em que habitamos, e
agora deixa transparecer o seu testemunho: “Porque os cientistas consideraram
impossível o fim do mundo. No mundo sideral
está o começo e o fim da Terra. Todos os cientistas concordam,
atualmente, no fato de que, outrora, houve um momento em que o Universo teve
início. As provas do nascimento do mundo já são por demais numerosas para que
possam estabelecer dúvidas. Não fosse uma coisa, bastaria mencionar a presença
dos chamados elementos radioativos – urânio, tório, rádio, etc., os quais, com
maior ou menor velocidade se transformam
noutros elementos, ou seja, são consumidos. É evidente, pois, que se ainda hoje
existem, algum dia foram criados. A expansão do Universo é, de certo modo, o
fenômeno mais grandioso que a vista humana possa contemplar, e representa,
igualmente, um dos sinais da agonia do mundo. Segundo cálculos que, embora com
aproximação, devem ser considerados aceitáveis, toda a matéria que constitui o
Universo era contida, inicialmente, em foram superdensa, numa pequena esfera –
pequena em relação à imensidão do
Universo – com um raio de duzentos e vinte milhões de quilômetros, ou seja, a
distância média entre o Sol e Marte.
“Esse
‘átomo primigênio’, esse ‘ovo de que nasceu o mundo’, explodiu há quatro
bilhões e meio de anos, aproximadamente, e nesse momento o Universo teve
início, como nos aparece hoje. Essa explosão, porém, foi de certo modo o
princípio do fim. Será esse, pois, o destino do Universo? Perder-se no espaço,
esvair-se na profundidade do nada, antes mesmo de perder toda sua energia
calorífica? Os fragmentos da grande bomba que explodiu há quatro bilhões e meio
de anos não conservam velocidade de movimento sempre igual; pelo contrário,
essa velocidade diminui progressivamente em conseqüência da força de gravitação
que exercem uns sobre os outros. Deverá, portanto, chegar o momento em que os
fragmentos avulsos do Universo se deterão na sua fuga gigantesca. A partir daí,
recomeçarão a atrair-se reciprocamente e a percorrer em sentido contrário, a
trilha que seguiram por efeito da explosão do ‘átomo primigênio’. A corrida
continuará até o momento em que toda a matéria do Universo se concentrará
Novamente numa esfera de duzentos e vinte milhões de quilômetros de diâmetro. O
calor produzido pela contração fará explodir novamente o novo ‘átomo
primigênio’ e o Universo tornará a nascer”. (Do Correio da Manhã, 1960).
Isto
faz-nos entender como surgiu o nosso mundo habitável, como os nove planetas já
descobertos e seus respectivos satélites. Também compreendemos o que quer dizer
o apóstolo Pedro em sua segunda carta (3: 10-12 / Leia Isaías 65: 17 / Apocalipse 21: 1).
5. O céu
retirou-se como um livro que se enrola. Diz o apóstolo
Pedro: “Mas nós aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça”
(2Pe 3: 13). Compreendemos que, ao
retirar-se este céu que nos é visível, depois de todas essas maravilhosas
manifestações do poder de Deus, passaremos a contemplar outro céu, que agora
não vemos. Concordamos, portanto, com o artigo acima, com a opinião dos
cientistas modernos, que o calor produzido pela contração fará explodir
novamente o novo “átomo primogênio” e o Universo tornará a nascer. Novo
cataclismo se verificará, surgindo novos céus e nova terra, em que habita a
justiça. Diz alguém que aqui desaparece a fé, simbolicamente, pelo extermínio
das religiões da Terra.
6. Todos
os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. A
terra mudará a sua configuração. De acordo com o que já foi explicado, e com
Isaías 65: 17 / 2Pedro 3: 13 / Apocalipse 21: 1, 27, a Terra voltará a ser
igual como era no “princípio”, como diz Gênesis 1: 1. Convém levarmos em
consideração esses acontecimentos. Se hoje, quando há pequenos tremores de
terra esparsos em alguns lugares; a queda de um outro meteoro ou aerólito, ou
mesmo de algum objeto cadente, ou um simples eclipse do Sol ou da Lua, todos os
homens ficam alarmados e, às vezes, há pânico e terror, como será naquele
grande dia?! Os continentes serão divididos, países inteiros desaparecerão,
montes e ilhas mudarão de lugar. Notem que já estamos vivendo os prenúncios
desses acontecimentos. Vejamos o que aconteceu ultimamente no Paquistão! Que dizem
os cientistas que estão estudando sobre as rochas? Leia a Revista Mensal de
Cultura, Enciclopédia Portugal, 1971, PP. 50 a 65, sob título: “As Mil Faces do
Mundo”.
Ó
Deus apieda-te desta pobre humanidade e dá compreensão aos homens para que se
salvem, sim, amém! “Porque é vindo o grande Dia da sua ira e quem poderá
subsistir?”
Referências
ALMEIDA,
João Ferreira de, Trad. II. Título Bíblia – português, CPAD, Rio de Janeiro,
2003.
COHEN,
Armando Chaves, Estudos sobre o Apocalipse – Um comentário versículo por
versículo, CPAD, Rio de Janeiro, 8ª Ed, 2001.
PRATIS,
Orivaldo Aparecido, Revista: Apocalipse – Editora Betel, 2º Trimestre de 2012,
Lição 02.
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