Quando Deus criou o homem, o abençoou e deu a ele o
privilégio de dominar, mas sempre como mordomo do Senhor (Gn
1:28). Apos a queda, o desejo pelo domínio cresceu e rapidamente a
humanidade se esqueceu da responsabilidade de usar as coisas
materiais para a glória de Deus e para o bem de todos.
Quando Jesus ensinou que é mais abençoado dar do que
receber (Atos 20:35), fica sem dizer que é necessário receber
primeiro para poder dar. A fonte de tudo que recebemos é Deus. Sua
generosidade se manifesta todo dia em que Ele providencia as
condições para produzir produtos de toda espécie para manter a vida,
além de tudo que seja útil para manter a proteção e conforto. Toda
atividade econômica depende do Criador que supre as condições
necessárias para realiza-la.
Deus nos criou para gozar de vida corpórea e espiritual. Posses
devem sustentar a vida do corpo – casa, alimento, transporte e
fornecer mil outros produtos. Os livros que comunicam a verdade
eterna às nossas mentes são apenas um exemplo. Paulo refere-se à
bondade de Deus ao declarar para o povo de Listra, “não se deixou
ficar sem testemunho de si mesmo, fazendo o bem, dando-vos do céu
chuvas e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e
de alegria” (At 14:17). A benção de Deus sobre o mundo material, em
benefício do homem, é um sinal do amor de Deus por todos. Dinheiro
fornece um meio eficiente para distribuir os benefícios doados por
Deus e repassar a fartura para os necessitados.
Jesus confrontou o jovem rico com a surpreendente declaração
que somente vendendo tudo que tinha e dando o resultado aos
pobres, teria o privilégio de ser Seu discípulo e ganhar a vida eterna
(Mc 10:21). A benção seria rejeitar o amor ao dinheiro e em seu lugar
alcançar um amor real pelo próximo. O sacrifício material no tempo
presente garantiria a benção maior no futuro – “terás tesouro no céu”.
O galardão que aguarda todos que ajuntam tesouros no céu é glorioso
e seguro (aí não há ladrões, nem qualquer tipo de destruição de
perda, Mt 6:20). “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu
coração” (v. 21)
Fica eminentemente claro que a única maneira de mandar
riqueza para o céu é usando dinheiro para beneficiar os necessitados;
pode ser materialmente ou espiritualmente. Dar generosamente aos
necessitados é o melhor de todos os investimentos. Seu retorno será
grande e sua felicidade eterna.
Conclusão
O privilégio de ser mordomos de Deus, pelo uso das riquezas
deste mundo, deve nos segurar diante da tentação da avareza. A
maldição do dinheiro somente se transforma em benção quando o
Espírito Santo produz o seu bendito fruto em nossas vidas. Esse fruto
é amor e benignidade (generosidade) (Gl 5:22). Vence-se a maldição
por meio do Espírito de Cristo que cria uma vida em benefícios dos
outros em lugar do narcisismo feroz.
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